quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sedentarismo é responsável por 54% do risco de morte por infarto


70% dos adultos não pratica exercícios físicos regularmente e é esta a origem de grande parte dos problemas de coração.
Pesquisas da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) revelam que a população atual gasta bem menos calorias por dia do que gastava há 100 anos. Atualmente, 70% dos adultos não pratica exercícios físicos regularmente. E é esta a origem de grande parte dos problemas de coração, que já matam mais do que a hipertensão, a obesidade, o colesterol alto, o diabetes e o tabagismo. A vida sedentária pode ser responsabilizada por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame cerebral — principais causas de óbito no país.
Na mais recente pesquisa do Índice de Bem-Estar (IBE) da Unimed, realizada em 2010 com 480 pessoas na Capital, o número de pessoas que não praticam nenhuma atividade física somou 38% dos entrevistados. Ou seja: de cada 10 indivíduos, apenas seis praticam algum tipo de esporte. Os que praticam menos de três vezes por semana somam 36%. Os ativos, que praticam exercícios ao menos três vezes por semana (o mínimo recomendado) foi de apenas 20%.

As atividades físicas são essenciais para a manutenção da saúde em todos os aspectos. - É possível treinar o coração e usá-lo como um guia para ajudar a obter os resultados desejados. Após uma avaliação clínica, que evita a exposição a alguns riscos, pode-se indicar a melhor atividade e a intensidade de esforço que deve ser praticada, obtendo resultados melhores e mais rapidamente.

Ao observar o funcionamento do corpo, especialistas concluíram que há faixas de batimentos cardíacos nas quais o organismo responde de forma diferente a cada uma delas — as chamadas zonas de batimentos cardíacos-alvo ou zonas de treinamento. Existem faixas nas quais a pessoa deve se exercitar para alcançar cada objetivo que deseja: perda de gordura, aumento de resistência física, entre outros.

Em geral, é indicada a combinação de exercícios aeróbicos (caminhar, pedalar, correr, nadar) com os anaeróbicos (de alta intensidade e curta duração, como musculação). De forma diferente, ambos fortalecem o sistema cardiorrespiratório, além de prevenirem uma série de doenças a curto, médio e longo prazo.

Três razões

A psicóloga Marisa Markunas cita três motivos que levam as pessoas a praticar esportes: em função de necessidades especiais (normalmente por indicação médica), por motivos estéticos e por desejos esportivos (o gosto pela prática). Em cada uma das possibilidades, o sujeito terá um objetivo e um tipo de desgaste para a prática física, do mesmo modo que perceberá ou não diferentes tipos de resultados ou benefícios.

— Quem inicia e consegue manter a atividade física por pelo menos quatro semanas sentirá os efeitos em sua autoestima pelo simples motivo de haver conseguido cumprir o objetivo de realizá-la, e, paralelamente, ao sentir os efeitos objetivos como o bem-estar físico, as mudanças estéticas e os bons resultados médicos — calcula. Quanto maior a aptidão física, menor é a taxa de mortalidade cardiovascular.

— A má alimentação, o estresse e a baixa aptidão física aumentam o risco de desenvolver doenças como a síndrome metabólica, câncer e doenças cardiovasculares e respiratórias, além de induzir à hipertensão e elevar os triglicérides.

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